segunda-feira, 29 de julho de 2013

As 10 lições que o papa Francisco nos ensinou sobre liderança

As 10 lições que o papa Francisco nos ensinou sobre liderança
Começo mencionando uma frase sobre liderança que gosto imensamente: “Liderança é uma profunda interferência na vida de outras pessoas.” - Max Depree (autor de Liderança é uma Arte). Pois foi exatamente o que o papa Francisco fez em sua breve visita ao Rio de Janeiro: interferiu, e muito, na vida de outras pessoas, com gestos e falas de um verdadeiro líder. E, exatamente por isso, conquistou a admiração e o respeito não só de seus “liderados”, da Igreja Católica, como de pessoas das mais diversas religiões ou mesmo dos não religiosos.
Algumas das lições que o papa Francisco nos deixou sobre liderança:
1ª- empatia – mostrou-se preocupado e atento aos sentimentos dos outros o que o aproximou de todos. Demonstrou estar em sintonia com as emoções das pessoas.
 2ª- humildade – em momento algum se portou como superior seja em seus atos, ao dispensar mordomias e esbanjamentos, seja com suas palavras sempre tão simples, privilegiando sempre o ser e não o ter. E a humildade nos leva às próximas duas lições.
3ª- exemplo – mais do que dizer o que um líder deve fazer, papa Francisco mostrou em cada gesto o que um líder deve fazer. O quanto nossos atos falam muito mais alto do que nossas palavras.
4ª- comunicação – seus pronunciamentos foram todos em uma linguagem simples, objetiva e absolutamente voltada para seu público alvo. Nada de jargões ou dialetos rebuscados que distanciam as pessoas. Comunicou-se com um vocabulário simples e se utilizou de metáforas e exemplos comuns aos seus ouvintes. Chegou a incorporar algumas expressões populares brasileiras. Dessa forma sua mensagem foi compreendida sem qualquer dificuldade. Francisco falou a linguagem do povo. E soube escutar!!!
5ª- positivismo – mostrou-se positivo, otimista e inspirador, incentivando que as pessoas acreditem em um mundo melhor e que cada qual seja o protagonista da sua história. “Não tenham medo!”.
6ª- servidor – transmitiu com maestria mais uma vez, não só em gestos como em palavras, o papel que todo líder tem como servidor. Isso tem sido uma das lições mais difíceis de grande parte dos líderes aprenderem. E o papa Francisco deu um show nesse sentido: “Ide sem medo para servir”, disse ele.
7ª- sorrisos e senso de humor aproximam pessoas. Seu sorriso foi uma constante. E sorriso é uma linguagem universal e um gesto que nos aproxima uns dos outros.  Assim também reforça suas mensagens positivas e encorajadoras.
8ª- respeito às diferenças. Suas mensagens e seus gestos sempre se mostraram respeitosos com quem quer que fosse: mulheres, homens, negros, índios, ateus...Mostrou como devemos aceitar e respeitar as pessoas como são.
9ª- cooperação mútua e amor ao próximo – O papa Francisco demonstrou abertamente amar pessoas. Mais ainda: demonstrou gostar de gostar das pessoas. Abraçou e beijou pessoas de forma espontânea. E ainda incentivou a cooperação mútua e o trabalho em equipe como uma força que faz a diferença. Valorizou a equipe e não as vaidades individuais. “Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos.
 10ª- inspiração – como décima lição, quero terminar como comecei: mostrando o quanto todas essas características reunidas fazem com que um líder como o papa Francisco sirva como fonte de inspiração. Como alguém que, por ser admirado, serve de modelo e exemplo levando cada um a procurar dar o seu melhor e a se aprimorar arregaçando as mangas e fazendo com que as coisas aconteçam. “Acho que a maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o futebol é uma paixão nacional. Ora bem, o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim na nossa vida de discípulos do Senhor.”

A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam!” - Papa Francisco.
Andréa Cordoniz
Psicóloga, Escritora, Consultora de Recursos Humanos, Instrutora de Treinamentos Empresariais e Palestrante.

Psychologist, Writer, Consultant for Human Resources, Trainer for Business Training and Speaker.

sábado, 27 de julho de 2013

Um escritório no meio de árvores

Esse escritório fica em Paris, e abriga duas empresas: PONS e HUOT, que tem no total 15 executivos. Tem sete salas individuais para os diretores e oito espaços abertos comunitários. 
Além disso, há ainda uma enorme mesa, uma sala recreacional, uma cozinha e muita vegetação ao redor, uma exigência do dono das empresas.
No local havia um antigo edifício industrial corroído pelo tempo, que datava do séc. XIX e tinha sido feito a base de aço, típico do período. Existem rumores de que Gustave Eiffel foi o seu construtor original.
O destaque do projeto é a enorme mesa de carvalho sólido, que tem 1,7 metros de altura, 22 metros de comprimento e 14 metros de largura. Todo o espaço está condicionado ao uso dessa mesa. Cada ambiente de trabalho individual está inserido nessa superfície e é coberto por uma espécie de bolha, criando um local de trabalho integrado e dinâmico, além de bonito e diferente.
























domingo, 14 de julho de 2013

Google sempre dando um show de criatividade em seus escritórios.

A Camezind Evololution, em colaboração com o escritório Henry J. Ivons Architects, reformulou todo o escritório do Google em Dubin, na Irlanda, chamado de Google Campus. São quatro edifícios na cidade. O Google Docks é o mais alto, com 14 andares. Cada andar tem um tema diferente, marca registrada da decoração dos prédios da Google.

As salas são amplas e o prédio possui muitos espaços de encontro dos funcionários para que troquem ideias: salas de reuniões e salas de jogos. O escritório tem também um ginásio com piscina.









 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Dialeto Corporativo Coleção Outono Inverno


Tempos atrás escrevi um artigo para a revista Exame mencionando o uso abusivo de palavras estrangeiras, sobretudo no mundo organizacional. De lá para cá, nada mudou: continuo escrevendo summarys, fazendo folow-ups, recebendo papers, dando e recebendo feedbacks, fazendo approachs, seguindo o script do casual day, mantendo-me atenta ao background, mencionando diversos cases, participando de brainstorms, fazendo briefings disso e daquilo, desenvolvendo business games para instrutoria e trainnes, desenvolvendo minha expertise, partilhando ao máximo todo o meu know-how, discutindo políticas de implacement, tendo excelentes insights, prevendo e reformulando gaps indesejáveis, dando treinamentos in company, preferencialmente através de uma política just-in-time, falando em coaching, drawback, prospects, budget, stakeholders, team, mentoring...
            Mas nem só de estrangeirismo vive o dialeto corporativo. Termos entram e saem de moda e é preciso estarmos atentos para não sermos taxados de “cafonas organizacionais”.
            Quem lembra, por exemplo, que “cliente” já foi “freguês”? Ou que “investimento” de uma consultoria já foi “preço”? Os atuais “colaboradores” também já responderam pela alcunha de “empregados” ou “funcionários”. Antigamente fazíamos “gancho” com algo que era dito e hoje fazemos “link”. Trabalhávamos em “empresas”, “fábricas”, “lojas” ou “escritórios”, enquanto hoje trabalhamos em “organizações”, “corporações” e “empreendimentos”. O que era “difícil” passou a ser “desafiador”. Se você hoje é “gestor” saiba que até pouco tempo atrás seria denominado de “gerente” e mais tempo ainda atrás de “chefe” (palavra que deve fazer pelo menos meia dúzia de leitores isolarem na madeira – toc, toc, toc).
            Grande parte do vocabulário que surge é cunhado por gurus corporativos e propagado por seus seguidores. As principais passarelas onde são apresentados os termos da nova estação são os MBAs. Não há quem curse um MBA que não esteja totalmente por dentro do mundo fashion corporativo. E lá vão eles “quebrando paradigmas”, procurando manterem-se “alinhados” com a política corporativa atual, “mantendo o foco” em seus objetivos, esforçando-se para atuarem proativamente, desenvolvendo a capacidade de “resiliência” e coisas do gênero.
            Um parêntese: alguns termos me chamam a atenção e me fazem pensar e outros, confesso, me soam profundamente bobos. Sim, bobos, tolos! Um deles, muito usado nas melhores corporações do mundo é “serviço voltado para resultados”. Pergunto, eu: não fosse ele voltado para resultados, para que seria? Para “fazer por fazer?”, “Fazer para ver no que vai dar?”.     
            Assim como o estrangeirismo, o importante é evitarmos exageros que levam legiões de profissionais a fazerem discursos quase iguais, ou seja, se utilizando de uma linguagem pasteurizada e artificial, o que se acentua ainda mais com a globalização. Encontramos empreendedores dos mais diversos países com discursos de uma semelhança assombrosa. Conteúdos muito bem “preparados”, mas em geral carentes de emoção. Pessoas que falam, mas não colocam vida em seus discursos. Uma linguagem impregnada de botox.  Um vocabulário recheado de um modismo engessante e que poderia sair da boca de qualquer profissional de qualquer parte do universo. 
Outra armadilha desse mundo fashion é a utilização de uma linguagem cosmética, ou seja, feita para maquiar um conteúdo que das duas uma: ou é um conteúdo pobre, sem consistência nem essência, tal e qual anúncios de Classificados de segunda-feira, ou que precisa de retoques e camuflagens para disfarçar imperfeições. Resumindo: para fazer o texto parecer melhor do que é. Seu autor capricha na maquiagem para impressionar. Nos dois casos, porém, o problema é quando lavamos o rosto e apresentamos o discurso de cara limpa. Se o seu conteúdo não for bom, não se sustentar, ao retirarmos todos os estrangeirismos e modismos, temos uma triste surpresa.
É preciso cuidado também, pois a maciça utilização desse vocabulário corporativo, com suas tendências e influências, cheira a jargão, coisa que toda e qualquer orientação empresarial reprova.
Conteúdos realmente bons (e principalmente) feitos numa linguagem simples, clara e objetiva, continuam tendo valor! Valor esse gerado justamente por sua objetividade e clareza.


Andréa Cordoniz